
O Ministério Público do Pará, ajuizou na manhã de ontem (14), uma ação civil pública contra a mineradora Imerys – Um dos depósitos da empresa, que fica localizado na Vila do Conde, no Município de Barcarena, foi palco na semana passada, de um enorme incêndio.
Para o MP, de acordo com as averiguações prévias, foi constatada pendências na documentação da empresa, desrespeitando o devido licenciamento ambiental que é exigido.
Os técnicos também observaram o armazenamento irregular de mais de 500 toneladas de hidrossulfito de sódio (Produto químico, altamente tóxico) no local, não atendendo os mínimos padrões de segurança.
Na ação, é solicitada a Justiça a suspensão das atividades da empresa que envolvam a utilização do produto químico, que venham apresentar possíveis futuros danos ao meio ambiente e à vida dos moradores que vivem em torno do depósito.
O MP pede que seja determinada a retirada, em no máximo três meses, das 500 toneladas do produto químico, até que seja comprovada a total inexistência das possíveis explosões e dos incêndios no galpão da empresa.
Além disso, a ação solicita que em caso de descumprimento por parte da mineradora, seja paga multa diária no valor de R$ 100 mil por crime de desobediência.
Procurada, a Imerys Rio Capim Caulim S/A disse que não foi notificada e, portanto, ainda não irá se posicionar sobre o assunto
Relembre o caso
Na noite do último dia 6 de dezembro, o distrito industrial de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, foi tomado por fumaça branca provocada por explosão em um dos depósitos de produtos químicos da mineradora. Moradores apresentaram sintomas como ardência nos olhos e na garganta, problemas respiratórios, dor de cabeça e desmaios.
O incêndio em hidrosulfito de sódio, segundo os bombeiros, começou às 20h e foi controlado por volta da 0h com utilização de água. Não houve feridos, segundo o Corpo de Bombeiros.