
O carimbó é um ritmo musical e de dança da cultura paraense que vem conquistando o público desde o século XVIII com seu surgimento, quem vem a Belém claramente já ouviu os sons que marcam a identidade cultural do estado, ou mesmo já ouviu falar desse ritmo sonoro que é inicialmente apresentado através dos sons de maracás e instrumentos regionais, emitindo sons da floresta, no corpo da música esse delicioso som da floresta se junta a agitação do curimbó levando a um ritmo mais agitado.
Esse delicioso sons e ritmos tem sua originalidade em grande parte da cultura indígena, no entanto há influência cultural negra. Essa junção de ritmos fez com que chegasse ao carimbó que conhecemos hoje, cheio de sons e uma melodia dançante.
O Carimbó surgiu no século XVIII, mas foi no século XIX que passou por uma série de marginalização, segundo o historiador Tony Leão da Costa a Lei n. 1.028, de 5 de maio de 1880, do Código de Posturas, tratava o carimbó com várias proibições. “É proibido, sob pena de 30.000 reis de multa: (...) Fazer bulhas, vozerias e dar autos gritos (...). Fazer batuques ou samba. (...) Tocar tambor, carimbó, ou qualquer outro instrumento que perturbe o sossego durante a noite” (Código de Posturas de Belém apud SALLES; SALLES, 1969: 260). As repressões que o carimbó sofreu foi parecida com os da cultura negra do período.
O carimbó se originalizou em Marapanim e logo mais se propagou para o restante do estado, a origem do nome carimbó veio da junção dos instrumentos indígenas, "curi" (pau oco) e "m’bó" (furado) significa em português: “pau que produz o som". Em 2014 o carimbó foi reconhecido pelo IPHAN como patrimônio imaterial cultural Brasileiro, uma grande vitória para os cantores que popularizaram a música no estado e para a cultura musical paraense.
No dia 26 de agosto é comemorado em Belém o dia municipal do carimbó, essa data foi escolhida em homenagem a Augusto Gomes Rodrigues, o mestre Verequete, que coincide com o nascimento dele. A homenagem veio após o falecimento, pois durante sua vida o artista gravou diversos discos, Verequete foi uma das maiores expressões artísticas do carimbó.
O Carimbó começou a fazer grande secesso no estado em 1960 e 70, foi onde surgiu nomes como Pinduca, Verequete, mestre Ticó e outros, esses artistas foram responsáveis por levar o carimbó ao topo do sucesso e popularizar o gênero musical.

Em Belém é comum ver apresentações de carimbó em orla ou espaços culturais específicos, nos meses de junho, julho e agosto é o período do ano que mais se encontra as batidas e roda de carimbó pela cidade, seja nas praças ou nas orlas da capital, Na estação das docas nos fins de tarde os grupos se apresentam a céu aberto formando um lindo círculo onde pessoas se aproximam para fazer parte do momento. A praça da republica é um atrativo para as rodadas culturais nos sábados e domingos de verão, todos se reúnem pela manhã e tarde e juntos formam um lindo círculo instrumental seguido de dança.
Entenda a formação desse delicioso som e ritmos para entender seu grande atrativo: O ritmo do Carimbó é formado por uma junção de Curimbó, Reco Reco, Flauta, Banjo, Ganzar, pandeiro e outros instrumentos artesanais, e letras que priorizam o dia-dia, cultura e até um bom romance.
No para os cantores que fazem sucesso com o carimbó na atualidade é Lia Sophia, que ficou conhecida com a música ‘’Ai Menina’’, Dona Onete 77 anos, que estourou com a música a garça namoradeira, e lançou seu primeiro álbum aos 72 anos, Feitiço Caboclo (2012). Carimbó da Maria, grupo de carimbó que faz sucesso em Belém.