
Belém tem uma história riquíssima, já foi considerada a Paris do Brasil, o que mais chama a atenção é a perfeita harmonia entre a natureza preservada e a arquitetura com traços preciosismos. No auge da belle époque Belém estava em todo seu esplendor. Isso resultou na vinda de diversos barões, grandes corporações internacionais e com a chegada da elite, também veio consigo uma arquitetura cheia de esplendor, copias fieis ao que havia de mais chique na Europa, mais precisamente em Paris.
Hoje, terça-feira (17), é comemorado o Dia do Patrimônio Histórico. O dia 17 foi para homenagear, Rodrigo Melo Franco de Andrade, um fiel amante de história que batalhou para que o IPHAN fosse realidade, e conseguiu, em 1937. Rodrigo de Andrade também foi o primeiro presidente do órgão.
O que deveria ser um dia de comemoração, será um dia de reflexão sobre o que nós estamos fazendo com a identidade? Será que vamos deixar nossa história ruim e virar pó?
No Pará, há exatamente 2.349 imóveis tombados. A maioria está em Belém, cujo centro histórico, aponta a superintendência regional no Pará do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tem 4.056 imóveis, nas áreas dos bairros da Campina e da Cidade Velha. Destes, 2.344 foram tombados e 1.712 são imóveis de entorno, que têm outro tipo de proteção (com requisitos mais simples que a área tombada).

Segundo a Fundação Cultural de Belém (FUMBEL), existem hoje na capital pelo menos 105 prédios históricos com algum tipo de degradação. Destes 105 prédios, 58 deles estão em condições totalmente precárias, 27 em arruinamento e 09 já arruinado. Uma tristeza para a cidade que perde totalmente seu charme e junto com ele, sua história. Há famílias que ainda tem posse de diversos casarões, mas agem com total desleixo na questão cuidado. Além de fiscalizar, a FUMBEL orienta os proprietários para que assumam o compromisso com nossa história.