
Um protesto organizado por indígenas Tembé foi realizado na última terça-feira (15), em frente ao Ministério Público Federal de Paragominas, enquanto ocorria dentro do prédio uma reunião com o procurador, Milton Souza do Ministério Público Federal.
Também participaram da audiência com o procurador MPF, a jornalista e diretora do Instituto Nossa Voz, Nice Tupinambá, Fernando Albuquerque advogado do Instituto, Nildon Deleon e Marco Apolo advogados que coordenam uma equipe de outros profissionais que acompanham o caso pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Jomara Tembé coordenadora antirracista da Coant, Ytahy Guajajara Assessora Técnica da SEJUDH, Irmã Rosilda Tembé, a liderança indígena Neto Tembé, e o Padre Paulinho do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Na reunião foi pedido ao promotor uma audiência dentro da aldeia para que a comunidade consiga expor a situação e para que se sinta mais segura. Uma vez que depois da morte de Isac, os indígenas vêm sofrendo constantes ameaças.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, MPF e pela corregedoria da Polícia Militar do Pará. O promotor da justiça militar, Armando Brasil, concluiu que trata-se de um homicídio doloso, isso é, quando há intenção de matar e por isso deve ser encaminhado para a justiça comum.

Os familiares e amigos de Isac cobram respostas sobre o caso. Isac Tembé foi assassinado por policiais militares no dia 12 de fevereiro de 2021, enquanto caçava, no município de Capitão Poço, no nordeste do Pará. O crime completou um ano e muitas perguntas continuam sem respostas.
Novo ato:
Os familiares e amigos de Isac já organizam um novo ato, desta vez será em Belém, onde será cobrada uma resposta mais concreta das autoridades em relação ao andamento do caso. Também serão acionados os Direitos Humanos Internacionais e a Organização das Nações Unidas (ONU)