
Amaurivaldo Cardoso Barra, foi exonerado do comando da Secretaria Nacional de Pesca no estado do Pará. A decisão ocorreu no dia 18 de março e foi publicada na edição da última segunda-feira (21), no Diário Oficial da União.
Sua exoneração veio após a deflagração da “operação tarrafa” realizada pela Polícia Federal, que investigou diversas fraudes no Seguro Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA). Os desvios de recursos destinados aos pescadores chegaram aos R$ 1,5 bi. Amaurivaldo é irmão do deputado federal Éder Mauro, forte aliado do governo Bolsonaro.
Para realização das investigações, foi constituído um grupo de trabalho reunindo a Polícia Federal, a SAP, o INSS, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPT/ME), CAIXA e DATAPREV.
As investigações identificaram diversos elementos de fraudes cometidas na inserção dos dados no Registro Geral de Pescador e, posteriormente, no pedido de deferimento do benefício previdenciário. Durante a operação, mais de 600 agentes federais cumpriram 180 mandados de Busca e Apreensão e 35 mandados de Prisão Preventiva.
As ações ocorrem no Pará e outras regiões. As investigações apontam para o possível envolvimento de 42 servidores públicos, sendo que seis da Secretaria de Aquicultura e Pesca, no Pará, estão sendo afastados por decisão judicial. O Pará lidera o ranking dos estados brasileiros envolvidos na fraude contra o Seguro Defeso. No Estado, foram realizadas 38% das fraudes. O segundo estado com maiores registros de fraude ocorreu no Maranhão, o correspondente a 26% das fraudes.
Dois vereadores de Abaetetuba são presos em operação de Policia Federal sobre seguro do Defeso
Dois vereadores paraenses, que não tiveram os nomes divulgados, foram presos pela Operação Tarrafa, da Polícia Federal, na manhã do último dia (17).
Um deles ocupa cargo político no município de Abaetetuba, no nordeste do Pará, e o outro em Soure, na Ilha do Marajó. Um terceiro vereador maranhense, da cidade de Viana, também foi preso pela PF. Segundo as investigações, ao menos 42 servidores públicos, sendo seis deles da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Pará (SAP), fazem parte da organização criminosa.