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Manifestantes vão às ruas contra Bolsonaro na capital paraense


Foto: Daniela Monteiro


A manhã deste sábado, 20, a ruas da capital paraense foram preenchidas por uma manifestação contra Bolsonaro. O ato que se concentrou na frente do Mercado de Brás, às 8h, seguiu até a praça Santuário de Nazaré (CAM).


“Fora Bolsonaro Racista”. Este foi o grito que se ouviu nas ruas de todas Belém, o dia em que se celebra o Dia da Consciência Negra.


No Dia da Consciência Negra, os manifestantes levaram às ruas as pautas da classe trabalhadora e as da luta antirracista no Brasil. Além das principais críticas quanto a condução do governo no combate à pandemia, a alta de preços (principalmente do gás de cozinha e dos alimentos) e o desemprego.


As mobilizações organizadas pelos movimentos negros foram unificadas com os atos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.


A unificação das lutas neste ato #20NForaBolsonaroRacista, também tem pautas como a geração de emprego decente, pelo fim da fome e da miséria e contra a política econômica do governo Bolsonaro.


Pobreza e desemprego


Sob o governo de Jair Bolsonaro, mais de 220 mil pessoas perderem suas casas. Comparado com uma década atrás, os cidadãos brasileiros em situação de rua está 140% maior. E os negros também são maioria nesse caso: 70% pretos ou pardos, segundo o Ipea. Do mesmo modo a pobreza se agravou entre o povo negro: 38% das mulheres negras estão na miséria. Entre as pessoas brancas esse índice atinge 19%.


Se 13,7 milhões de brasileiros estavam sem emprego no Brasil de Bolsonaro, em 2020, entre os negros o número é ainda mais trágico. São 17,8% de pretos desempregados e 15,4% de pardos. Números muito acima da média nacional. Entre os brancos, 10,4% não conseguem emprego no Brasil capitaneado por Bolsonaro, informa o IBGE.


Também são os negros que amargam os piores postos de trabalho. Segundo o IBGE, em 2019 os brancos eram 38,92% dos trabalhadores com carteira assinada. Para os pretos e pardos, somente 32,22%. Também são os que ganham menos, com remuneração média quase R$ 1.000 mais baixa que os trabalhadores brancos. A taxa de informalidade é outro dado revelador do racismo estrutural que envergonha o país: enquanto chega a 30,1% dos empregos dos brancos, bate a casa dos 39,9% para os pretos e 43,5% para os pardos.

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