
A Promotoria Militar encaminhou para a justiça civil, a tramitação do processo referente ao assassinato do jovem indígena Isac de Souza da Silva Tembé. De acordo com a acusação feita pela promotoria, os policiais militares envolvidos na morte do jovem cometeram homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar e com isso a competência do caso mudaria para a justiça civil e o julgamento iria a júri popular.
Com a mudança da jurisdição sobre o caso, a própria Justiça Militar já atesta que Isac realmente foi assassinado.
Ainda requerimento, também foi pedido para que o caso continue sendo julgado em Belém, como forma de manter a imparcialidade, uma vez que fazendeiros possam coagir os membros do júri.
O julgamento ainda não foi marcado porque o processo ainda vai tramitar na justiça civil e precisa ser avaliado.
Relembre o caso:
O povo Tembé-Thenetehar, desde do dia 12 de fevereiro exige punição para os assassinos e mandantes da morte do líder indígena Isac Tembé, de 24 anos.
Ele foi morto a tiros na noite de sexta-feira, 12, de fevereiro de 2021, no município de Capitão Poço, no nordeste do Pará.
O crime ocorreu por volta das 19h e teria sido cometido por policiais militares.
Segundo os indígenas, Isac caçava junto com um grupo de guerreiros jovens quando foi baleado e morreu. Segundo a Segup, o corpo da vítima foi levado pelos policiais militares até uma unidade de saúde, mas já estava sem sinais vitais.
Os policiais envolvidos estão cumprindo medida administrativa.