
No último dia 21, os rodoviários se reuniram em assembleia no Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), e posteriormente divulgaram através de uma nota que o sistema de transporte público de Belém e Região Metropolitana irá parar no dia 27 deste mês. Entre as reivindicações, eles pedem 15% de aumento salarial, e no ticket alimentação, além de vacinas, por estarem totalmente expostos ao vírus.
A frota sucateada, salários defasados são um retrato do total descaso da gestão passada de Zenaldo Coutinho. Essa situação tem um agrave maior com a chegada da pandemia, levando o transporte público para UTI.
Outro ponto, é que a gestão dos sistemas rodoviários estão precarizados, sem manutenção, gestão de pessoas atrasadas e pouco investimento em equipamentos melhores, como por exemplo, implementação de ar-condicionado e carros mais confortáveis para atrair passageiros pro sistema, e que de quebra, melhoraria as condições de trabalho dos rodoviários. O diesel está 25% mais caro, a quantidade de passageiros transportados está a 65% do normal.
Desde o começo da pandemia que foi em março do ano passado e com inúmeros lockdowns, o número de passageiros decaiu bastante fazendo com que as empresas perdessem receitas e isso causou diversas demissões. E segundo o sindicato, sem retomada de demanda, apoio para minimizar os efeitos da pandemia sobre o transporte e revisão da tarifa, a possibilidade de reajuste de salário é prejudicada.
Ainda segundo a Setransbel, estão procurando soluções com as empresas para que a demanda do sindicato profissional seja atendida. Uma das propostas é suspender as negociações por seis meses, a fim de aguardar os efeitos da pandemia amenizarem. Neste período, todas as cláusulas sociais e econômicas seriam mantidas.